Obras de urbanização da região do Morro do Macuco dependem da liberação de verba do PAC
O presidente da República Michel Temer (PMDB) cancelou o envio de mais de R$ 120 milhões para obras de reurbanização, drenagem e remoção de famílias em áreas de risco do Jardim Zaíra, em Mauá. Mais de oito mil famílias dependem do projeto, concluído pela Prefeitura no fim do ano passado. A reurbanização da região conhecida como Chafik/Macuco serviria para garantir a segurança de famílias que vivem em morros que podem sofrer solapamento com a força das águas das chuvas. No local, há cinco anos, ocorreram mortes por causa dos deslizamentos provocados pelas fortes chuvas de verão.
O projeto foi dividido em duas etapas. Caso o governo federal tivesse liberado a verba, a primeira parte compreenderia intervenções entre a rua das Laranjeiras e a rua Manoel Nascimento. Todas as ruas e vielas entre esses logradouros seriam recapeadas; galerias pluviais e escadarias seriam instaladas, além da remoção de famílias cujas residências foram construídas em locais com probabilidade de deslizamento. “Ficamos mais de dois anos trabalhando em todo o levantamento para enviar ao governo federal. Tudo foi feito com acompanhamento da população”, salientou a assistente social que está na coordenação do projeto, Mirian Aranda.
Ainda para a primeira etapa, o município aguardava o repasse de R$ 79 milhões através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), além de R$ 38 milhões do Minha Casa Minha Vida. “A reurbanização do Chafik/Macuco não é apenas uma obra de habitação. É para a segurança das pessoas que vivem ali. Até a construtora já foi contratada, falta apenas os repasses do governo federal que já deveria ter vindo, mas está congelado”, assegurou Mirian.
A segunda fase do projeto deve abranger mais de 5,8 mil famílias em uma área com geografia mais propícia para deslizamentos. “Nessa região encontramos nível de periculosidade 4, que foi estimado pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)”, informou Mirian. Desde que assumiu o governo interinamento, Michel Temer tratou de barrar todos os investimentos garantidos em projetos sociais. A situação, conforme análise de gestores públicos e até da Prefeitura de Mauá, é que, agora no cargo de presidente, Temer continue com os bloqueios.
Em 2011 duas pessoas morreram soterradas e mais de 200 ficaram desalojadas no Morro do Macuco, que desabou após fortes chuvas daquele verão. Desde então, a Prefeitura tem aprimorado o trabalho de monitoramento pela Defesa Civil.
Por ABCD Maior (Renan Fonseca)

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